PESQUISA APONTA QUE SER PERSEGUIDO FAZ ATLETAS CORREREM MAIS

Pesquisa aponta que ser perseguido faz atletas correrem mais


Para cerca de 38% dos entrevistados, essa sensação de fuga faz com que consigam correr de 5 km a 15 km a mais do que o esperado

Correr mais quilômetros em menos tempo é, geralmente, o objetivo principal dos amantes da corrida, sejam profissionais ou não. Muitas são as possibilidades de treino para atingir essa meta – entre elas, “simular” a fuga de algo que está atrás de você.

A sensação de estar sendo perseguido ajuda as pessoas a correrem mais rápido e mais longe, segundo pesquisa realizada com corredores no Facebook.

Essa é exatamente a experiência que milhares de participantes têm durante a Wings For Life World Run, prova conhecida por não ter uma linha de chegada fixa e que acontece simultaneamente em 24 cidades ao redor do mundo, incluindo Brasília (DF), no dia 7 de maio.
 
Foto: Divulgação
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Com um conceito inovador, a corrida dá a oportunidade para que qualquer pessoa participe do evento, independentemente do nível de treinamento. Ao contrário dos eventos tradicionais, os participantes não têm que cruzar uma linha de chegada. O chamado “Catcher Car” (carro perseguidor) larga 30 minutos depois dos competidores e vai aumentando a velocidade gradativamente, alcançando um por um. O último a ser ultrapassado pelo veículo é o campeão do evento.

Mais de 2.400 pessoas responderam a uma pesquisa no Facebook sobre suas experiências na Wings For Life World Run, o que resultou na conclusão de que o fator “perseguição” é um grande motivador.

Grande parte dos participantes afirmou ter tido um desempenho melhor do que o esperado na prova:

- 24.3% corre 5 km a mais do que o esperado
- 38.1% corre de 5 a 15 km a mais do que o esperado
- 28.7% corre de 15 a 30 km a mais do que o esperado
- 8.9% corre mais de 30 km a mais do que o esperado

Esses resultados também refletem a marca incrível de Letícia Saltori, que venceu a Wings For Life World Run 2016 no Brasil, entre as mulheres. Ela correu 51 km no ano passado, quando esperava fazer pouco menos de 40 km.

“É um formato totalmente diferente do que estamos acostumados. Não dá para saber quantos kms você vai aguentar a correr, e isso faz parte da história de superação que a corrida propõe. Cada metro faz a diferença”, conta Letícia. “A Wings For Life World Run é uma prova para todos. Não é preciso, necessariamente, um preparo físico, basta a pessoa querer correr. É legal treinar para ‘fugir’ de algo que está atrás de você, e não para alcançar algo que está lá na frente”, completa. Não apenas atletas, mas também pesquisadores concordam que adicionar esse elemento “perseguidor” pode ajudar no desempenho durante a corrida. “Pesquisas mostram que o ‘medo’ faz parte do nosso ‘kit’ de sobrevivência evolutiva”, diz a psicóloga Rhonda Cohen, da Universidade britânica de Middlesex e autora do livro “Sport Psychology: Optimising Human Performance”. “Ser seguido por alguma coisa desenvolve um certo medo saudável na pessoa, que acaba se tornando uma grande motivação”, acrescenta.

Em 2016, mais de 130 mil pessoas de 193 nacionalidades se inscreveram para a Wings For Life World Run, participando do evento em 33 países. Em 2017, a prova acontecerá em 24 cidades ao redor do mundo, como Milão (ITA), Santiago (CHI), Breda (HOL), Valencia (ESP) e Brasília (DF), no dia 7 de maio.

As inscrições já estão abertas e todo o valor arrecadado será revertido para pesquisas que buscam a cura da lesão na medula espinhal.

Serviço:

Wings For Life World Run
Data: 7 de maio de 2017
Horário: a partir das 8h (horário de Brasília)
Local: Brasília (DF)

Fonte: Webrun.com.br